Este blog é um veículo de comunicação vinculado ao Núcleo de Produção Científica da Funesa / NPC-Funesa.
Aracaju - Sergipe, Brasil
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quarta-feira, 4 de maio de 2016

ABRASCO de azul pelo SUS.

O SUS não é mercadoria, o SUS não é cachorro morto. Estamos de azul porque somos pelos usuários e fazemos deles a nossa missão.

Azul é a principal cor no logotipo do SUS. Por isso, pelo Sistema Único de Saúde, a Abrasco se veste de azul. O movimento sanitário tem sido um movimento autônomo, procurando escapar ao controle do complexo médico industrial, do Estado, dos governantes e de partidos políticos. Vários analistas demonstraram, contudo, que todo esse esforço resultou em uma ‘reforma incompleta’.

Cumpre à Abrasco prosseguir com essa luta histórica. A atuação da Abrasco tem se centrado na defesa das políticas públicas, da justiça social e da democracia. Na produção de conhecimento e de práticas em prol do direito à saúde, dos direitos humanos, sempre a partir de uma racionalidade centrada na defesa do ser humano e do planeta. Indicando, ainda, maneiras concretas – políticas, instituições, leis, práticas sociais – para que estes valores e princípios possam se realizar no contemporâneo, especificamente no Brasil e entre os distintos grupos sociais.

O Brasil está hoje diante de ameaças concretas à saúde da população, aos profissionais de saúde e à sustentabilidade da proteção social garantida
pelo SUS desde sua criação em 1988. Apesar das inúmeras evidências demostrando que o sistema que defendemos, solidário e universal, é mais eficiente que o mercantil privado, assiste-se uma reorganização das políticas e práticas em benefício de interesses econômicos particulares.

Exigimos a mudança de orientação da política econômica do governo federal, recusando as políticas de ajuste que comprometem as condições de vida e a saúde dos trabalhadores e da população brasileira. Também com veemência, nos manifestamos em defesa da legalidade democrática, contra qualquer ameaça à ordem constitucional.

Resistimos à lógica privatista e reafirmamos o direito à saúde como dever do Estado; exigir a extinção da DRU (Desvinculação de Receitas da União), a recomposição do orçamento do Ministério da Saúde, o fim dos subsídios públicos aos planos privados, a fixação de profissionais de saúde em todas as regiões do país e o investimento tripartite na consolidação das redes regionais de saúde.

O SUS não é mercadoria, o SUS não é cachorro morto. Estamos de azul porque somos pelos usuários e fazemos deles a nossa missão.

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Sobre a DRU;

A Desvinculação de Receitas da União (DRU) é um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. A principal fonte de recursos da DRU são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado.

Criada em 1994 com o nome de Fundo Social de Emergência (FSE), essa desvinculação foi instituída para estabilizar a economia logo após o Plano Real. No ano 2000, o nome foi trocado para Desvinculação de Receitas da União.

Na prática, permite que o governo aplique os recursos destinados a áreas como educação, saúde e previdência social em qualquer despesa considerada prioritária e na formação de superávit primário. A DRU também possibilita o manejo de recursos para o pagamento de juros da dívida pública.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

NPC-Funesa participa, efetivamente, da oficina do PPSUS em Sergipe.

Ministério da Saúde, Fapitec-SE e SES-SE realizam Oficina de Prioridades de Pesquisas para o SUS de Sergipe e o NPC-Funesa participa efetivamente.

Durante todo o dia de hoje (terça-feira, 15/09/2015) gestores federais, estaduais e municipais; além de técnicos e pesquisadores ligados às secretarias de saúde e às instituições de ensino e pesquisas do Estado de Sergipe, estiveram reunidos no Hotel Aquários, em Aracaju, participando da Oficina do PPSUS de Sergipe (Programa de Pesquisas para o SUS - SE).
O evento teve inicio com uma abertura solene e apresentação das palestras: Indicadores de ciência e tecnologia no Estado de Sergipe / Prof. José Ricardo de Santana (Fapitec-SE); Conhecimento científico como base para Políticas Públicas em Saúde / Prof. José Augusto Barreto Filho (UFS); Análise da situação de saúde do Estado e os principais desafios / Prof. Marco Aurélio Goes (SES); A importância da definição de prioridades de pesquisa em saúde / Prof. José Eloy dos Santos Junior (DECIT).
O Programa de Pesquisas para o SUS (PPSUS) é patrocinado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e executado em todos os Estados pelas respectivas instituições de fomento à pesquisa, apoiadas pelas respectivas Secretarias Estaduais de Saúde.
O objetivo da oficina foi definir as linhas e os problemas prioridades de pesquisas para o Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS Sergipe – Edição 2015, que comporão o próximo edital PPSUS – Sergipe, cuja publicação está prevista para o primeiro semestre de 2016.
Grupo de Trabalho da Linha Temática "Vigilância em Saúde"
A oficina foi organizada a partir de quatro Linhas Temáticas (Política de Saúde; Programas em Saúde; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde; Vigilância em Saúde) todas definidas previamente em reunião da equipe técnica da Fapitec-SE com técnicos da SES e a Funesa participou da reunião através de Lavínia Aragão (Coordenadora da COPGR), ocasião em que colocou o NPC-Funesa à disposição para colaborar na relatoria da oficina, o que foi aceito de pronto. Sendo assim, o NPC-Funesa colaborou efetivamente da oficina, na relatoria de todas as linhas de pesquisas e na coordenação de linha, conforme discriminado a seguir:
  • Linha Temática "Políticas Públicas" / Relatoria (Kenya Idamara).
  • Linha Temática "Programas em Saúde" / Relatoria (Rosiane Azevedo).
  • Linha Temática "Gestão do Trabalho e Educação na Saúde" / Coordenação (Lavínia Aragão) / Relatoria (Tânia Santos).
  • Linha Temática "Vigilância em Saúde" (epidemiologia) / Relatoria (Francisco Santana).
Além da contribuição intelectual para o sucesso da oficina do PPSUS-SE, mediante disponibilização de seus técnicos, a Funesa também contribuiu com a logística e operacionalização da atividade, através da cessão de equipamentos de informática (dois notebooks) e de projeção (dois data-show).
A Profa. Tânia Santos apresentando em plenária o produto do grupo
de trabalhou com a Linha Temática "Gestão do Trabalho e
Educação na Saúde" 
Ato contínuo à abertura, os grupos foram encaminhados para quatro salas distintas e iniciaram os trabalhos, simultaneamente, com a tarefa de discutir e chegar a consensos que possibilitassem relacionar sete problemas de pesquisa atrelados às linhas supracitadas. No final do dia os grupos se reuniram em plenária, ocasião em que todas as produções foram apresentadas e submetidas à apreciação no coletivo ampliado, o que favoreceu a formatação final.
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), Prof. José Ricardo de Santana, destacou que o evento é fundamental para o lançamento do novo edital do PPSUS, fruto do convênio com o Ministério da Saúde (http://www.fapitec.se.gov.br/?q=not%C3%ADcias/pesquisadores-e-gestores-debatem-demandas-de-pesquisas-em-sa%C3%BAde).
“A oficina tem um papel fundamental no sentido de fazer a indução da comunidade de pesquisa para que ela trabalhe com temas de interesse da saúde, particularmente, as prioridades dos principais problemas da saúde. No momento, há uma conversa bastante interessante com alguns conflitos e entendimentos da comunidade de pesquisa com os gestores da saúde”.
Em matéria publicada na página institucional da Fapitec-SE, o consultor técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, José Eloy dos Santos, ressaltou que o PPSUS é um programa diferenciado por atender às demandas da saúde de cada Estado (http://www.fapitec.se.gov.br/?q=not%C3%ADcias/pesquisadores-e-gestores-debatem-demandas-de-pesquisas-em-sa%C3%BAde). 
“O Programa Pesquisa para o SUS tem um diferencial porque ele é lançado por Estado, onde são verificadas as prioridades por Estado e tem a gestão compartilhada onde o Ministério entra com recursos e o Estado, através da Fapitec/SE, entra com a outra parte do recurso. Para a definição das linhas de pesquisa, nós temos a comunidade científica e os gestores que vão elencar as pesquisas necessárias atualmente e que podem ser aplicadas no SUS”, ressaltou.

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Texto de autoria de José Francisco de SANTANA, revisado por Tânia Santos de Jesus, Kenya Idamara  de Mendonça e Flávia Priscilla Tenório. 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O que eu, realmente, tenho contra o SUS?

Ultimamente, mais do que nunca, essa pergunta passou a ser básica e deveria ser feita por todos os brasileiros que acalentam o desejo de ver o Sistema Único de Saúde (SUS) superar todos os seus problemas e se tornar venerado como uma política de Estado no campo da Seguridade Social. O fato é que o SUS possui alguns perfis de desqualificadores: 1) existem aqueles que conhecem muito bem o potencial do sistema. Por isso torcem e fazem de tudo para que nada funcione e comemoram com fervor uma manchete desfavorável ao SUS. Eles precisam disso!; 2) existem aqueles que direcionam ao SUS críticas desprovidas de fundamento, devido ao total desconhecimento da lógica do sistema. Estes precisam de informação!; 3) existem aqueles que sofrem na pele a negação do seu direito integral, universal e equânime, quando buscam atenção no SUS que se propõe ser inclusivo e acolhedor.

Os brasileiros que conhecem suficientemente o SUS e percebem o seu potencial de satisfação dos anseios da sociedade e assumem, de forma deliberada, a posição de críticos contumaz é porque percebem o SUS como inimigo número um dos seus projetos pessoais. Esse inimigo do SUS representa um obstáculo difícil de transpor. Ele só será superado quando a massa de brasileiros identificar o que, realmente, têm contra o SUS. Excluindo-se as forças ocultas (nem tão ocultas assim!) que atuam nos subterfúgios do sistema, eu tenho quase certeza que o que as pessoas imbuídas de boa vontade têm contra o Sistema Único de Saúde é queixa de falhas no atendimento; superlotação de serviços; demora na marcação de procedimentos; falta de insumos; qualidade ruim de serviços, etc. Todas essas questões podem ser inseridas nas categorias "Gestão" e "Financiamento". 


Concordamos que não é fácil ser gestor quando se tem um orçamento desfavorável. Mas também é fato que ajustes simples em processos de gestão produzem bons resultados e um ajuste a ser considerado é o investimento político e financeiro na educação dos trabalhadores e usuários do sistema. Quanto ao financiamento, não só do SUS mas do próprio país, é fato que estamos vivenciando manchetes diárias da corrupção desenfreada que como fogo queimando no monturo abala os alicerces da mínima compreensão de cidadania. Acho que contra o SUS nada temos, além de pena!

Autores:
Flávia Priscila Souza Tenório.
José Francisco de Santana.
Tânia Santos de Jesus.

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