Este blog é um veículo de comunicação vinculado ao Núcleo de Produção Científica da Funesa / NPC-Funesa.
Aracaju - Sergipe, Brasil
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quinta-feira, 21 de maio de 2015

O que eu, realmente, tenho contra o SUS?

Ultimamente, mais do que nunca, essa pergunta passou a ser básica e deveria ser feita por todos os brasileiros que acalentam o desejo de ver o Sistema Único de Saúde (SUS) superar todos os seus problemas e se tornar venerado como uma política de Estado no campo da Seguridade Social. O fato é que o SUS possui alguns perfis de desqualificadores: 1) existem aqueles que conhecem muito bem o potencial do sistema. Por isso torcem e fazem de tudo para que nada funcione e comemoram com fervor uma manchete desfavorável ao SUS. Eles precisam disso!; 2) existem aqueles que direcionam ao SUS críticas desprovidas de fundamento, devido ao total desconhecimento da lógica do sistema. Estes precisam de informação!; 3) existem aqueles que sofrem na pele a negação do seu direito integral, universal e equânime, quando buscam atenção no SUS que se propõe ser inclusivo e acolhedor.

Os brasileiros que conhecem suficientemente o SUS e percebem o seu potencial de satisfação dos anseios da sociedade e assumem, de forma deliberada, a posição de críticos contumaz é porque percebem o SUS como inimigo número um dos seus projetos pessoais. Esse inimigo do SUS representa um obstáculo difícil de transpor. Ele só será superado quando a massa de brasileiros identificar o que, realmente, têm contra o SUS. Excluindo-se as forças ocultas (nem tão ocultas assim!) que atuam nos subterfúgios do sistema, eu tenho quase certeza que o que as pessoas imbuídas de boa vontade têm contra o Sistema Único de Saúde é queixa de falhas no atendimento; superlotação de serviços; demora na marcação de procedimentos; falta de insumos; qualidade ruim de serviços, etc. Todas essas questões podem ser inseridas nas categorias "Gestão" e "Financiamento". 


Concordamos que não é fácil ser gestor quando se tem um orçamento desfavorável. Mas também é fato que ajustes simples em processos de gestão produzem bons resultados e um ajuste a ser considerado é o investimento político e financeiro na educação dos trabalhadores e usuários do sistema. Quanto ao financiamento, não só do SUS mas do próprio país, é fato que estamos vivenciando manchetes diárias da corrupção desenfreada que como fogo queimando no monturo abala os alicerces da mínima compreensão de cidadania. Acho que contra o SUS nada temos, além de pena!

Autores:
Flávia Priscila Souza Tenório.
José Francisco de Santana.
Tânia Santos de Jesus.

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