Ultimamente, mais do que nunca, essa pergunta passou a ser básica e deveria
ser feita por todos os brasileiros que acalentam o desejo de ver o Sistema Único
de Saúde (SUS) superar todos os seus problemas e se tornar venerado como uma
política de Estado no campo da Seguridade Social. O fato é que o SUS possui
alguns perfis de desqualificadores: 1) existem aqueles que conhecem muito bem o
potencial do sistema. Por isso torcem e fazem de tudo para que nada funcione e
comemoram com fervor uma manchete desfavorável ao SUS. Eles precisam disso!; 2)
existem aqueles que direcionam ao SUS críticas desprovidas de fundamento, devido
ao total desconhecimento da lógica do sistema. Estes precisam de informação!; 3)
existem aqueles que sofrem na pele a negação do seu direito integral, universal
e equânime, quando buscam atenção no SUS que se propõe ser inclusivo e
acolhedor.
Os brasileiros que conhecem suficientemente o SUS e percebem o seu potencial
de satisfação dos anseios da sociedade e assumem, de forma deliberada, a posição
de críticos contumaz é porque percebem o SUS como inimigo número um dos seus
projetos pessoais. Esse inimigo do SUS representa um obstáculo difícil de
transpor. Ele só será superado quando a massa de brasileiros identificar o que,
realmente, têm contra o SUS. Excluindo-se as forças ocultas (nem tão ocultas
assim!) que atuam nos subterfúgios do sistema, eu tenho quase certeza que o que
as pessoas imbuídas de boa vontade têm contra o Sistema Único de Saúde é queixa
de falhas no atendimento; superlotação de serviços; demora na marcação de
procedimentos; falta de insumos; qualidade ruim de serviços, etc. Todas essas
questões podem ser inseridas nas categorias "Gestão" e
"Financiamento".
Concordamos que não é fácil ser gestor quando se tem um orçamento
desfavorável. Mas também é fato que ajustes simples em processos de gestão
produzem bons resultados e um ajuste a ser considerado é o investimento político
e financeiro na educação dos trabalhadores e usuários do sistema. Quanto ao
financiamento, não só do SUS mas do próprio país, é fato que estamos vivenciando
manchetes diárias da corrupção desenfreada que como fogo queimando no monturo
abala os alicerces da mínima compreensão de cidadania. Acho que contra o SUS
nada temos, além de pena!
Autores:
Flávia Priscila Souza Tenório.
José Francisco de Santana.
Tânia Santos de Jesus.
Autores:
Flávia Priscila Souza Tenório.
José Francisco de Santana.
Tânia Santos de Jesus.